domingo, 30 de outubro de 2011

Almoço de Domingo

                 Domingo. Dia de unir famílias, contar sobre a semana e transformar pequenos momentos em grandes lembranças. Encontrar os primos e ser “paparicado” pelos tios. Tempo de fazer travessuras, essas que um dia, seus parentes contarão e você ficará vermelho, com uma inocente timidez.
Ao crescermos, carregamos na memória o cheirinho da receita de família, as histórias que só o vovô sabe contar, levando os netos ao ápice da euforia, adrenalina que só diminui com um doce que a vovó fez “especialmente para você”!
              Almoço de domingo.
              Pequenos momentos que não fogem da lembrança de ninguém.  Dia de estar com as pessoas que te fazem bem. As que você ama, e que sabe que amam você. Momento de unir pessoas para relembrar passados, pedir conselhos, dar opiniões, criar novos planos, esquecer os problemas do trabalho, contar um sonho estranho que você teve na noite passada, apresentar o namorado, ouvir piadas e dar boas gargalhadas. Momentos esses que, por algum motivo, jamais serão esquecidos.
             Dia de esquecer o mundo e ao mesmo tempo, prestar atenção em cada detalhe. Dia de dar um abraço aconchegante de adeus e ficar na expectativa de um novo almoço de domingo, das novas histórias do vovô e as receitas da vovó (feitas só para você!).

sábado, 29 de outubro de 2011

Felizes para Sempre

                Falar no amor hoje, como em qualquer era da humanidade, ainda é incrível. O simples fato de ouvirmos a palavra “amor” nos deixa em sintonia com a realização, felicidade e aquelas lembranças boas que passam na nossa cabeça. Coisas que aconteceram, ou que a imaginação simplesmente espera que aconteçam.
               O amor, mesmo que ainda não sentido de verdade, nos envolve, cria borboletas no estômago, nos faz voar alto com os pés no chão, sonhar com príncipes de cavalo branco ou princesas dorminhocas que esperam por um beijo apaixonado.
Hoje, a mudança nos ataca.
             Temos impressão que nos contos de fadas do século XXI, existem muito mais bruxas velhas e madrastas más, do que bosques encantados e beijos que quebram feitiços.
               O amor ainda é lindo. Não perdeu seu encanto. Ainda nos faz viajar em pensamentos, ou perder noites de sono pensando em alguém, até chegarmos à conclusão de que queremos um algo a mais.
                Assumir uma relação séria requer compreensão e respeito de ambas às partes. O relacionamento a dois necessita de cuidados e diálogo constantes. Isso pode ser facilmente aceito por algumas pessoas, mas pode ser tornar um “parto” para outras.
              O principal problema do século XXI em relação aos relacionamentos é a falta de dedicação de um para com o outro. Uma simples crise de ciúme é o suficiente para que um namoro de anos se perca. As pessoas não têm mais paciência para encarar os problemas de um relacionamento. Todos querem um uma história de amor como às que vemos em filmes e romances.
Mas, a questão é: lembramos o quanto os personagens sofreram e lutaram, quantas lágrimas rolaram ou quanto tempo se perdeu para chegarmos, finalmente, ao “Felizes para sempre”?

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Simplesmente Simples

                 O floricultor que colhe rosas pode ser uma pessoa simplesmente realizada por gostar do perfume das flores, ou das borboletas que as rodeiam... Ou, então, um pessoa terrivelmente amarga, por trabalhar debaixo de sol quente ou inverno pesado se espetar com alguns espinhos, ou ainda, achar seu trabalha inútil.
              Para esse floricultor, que não vê bons motivos para acordar sorrindo e lembrar-se que passará o dia em meio às flores e pássaros cantando...seu trabalho é simples.                 
             Mas então, do outro lado da cidade, existe alguém loucamente apaixonada esperando que seu amante revele o mesmo sentimento. E o sentimento é reconhecido, quando por volta das 17 horas de um sábado, bate à porta um jovem com flores maravilhosas nos braços, com um cartãozinho: “A mais linda das flores”.
                    Essas flores serão cheiradas e acariciadas durante dias inteiros, trazendo não somente seu perfume, mas lembranças de um sábado especial, e esperanças num futuro. Foi uma forma simples; mas simplesmente inesquecível de demonstração de afeto. Essas flores podem ser o início da união de duas almas gêmeas. E talvez, como todo esse significado, tenham apenas sido colhidas sem nenhum afeto por um floricultor infeliz. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Valores?

               “Sinto saudades da forma como fui criado. Esse é o grande mal da atualidade. Faltam valores!”
                Foram essas as palavras que ouvi milhares de vezes saírem da boca de pessoas mais velhas. De acordo com os mais experientes, chegamos a uma fase onde os valores não contam tanto quanto em sua época. Perdemos nossos valores?
                Talvez a resposta não seja objetiva, um sim ou um não. A questão é a forma como cada geração foi e tem sido criada.
              Os tempos mudaram. Novidades chegam a todo o momento. Temos por ”obrigação” de cidadãos, aceitar e acompanhar esses movimentos universais. Antigamente, quando não existiam a Internet ou o Vídeo Game, crianças eram mais saudáveis, subiam em árvores, pulavam corda, dançavam inocentemente. Os jovens reuniam-se para conversar e “fazer festa”, não para “pegar todos” ou “encher a cara”.
             Agora, crianças com seis ou sete anos, podem ser as “pessoinhas mais infelizes do mundo” se não puderem carregar nas mãos o último modelo celular ou “quase morrem” se estiver em algum lugar que não haja sinal para a Internet móvel.
Não perdemos nossos valores. Eles só são vistos com outros olhos. Nem sempre são colocados em primeiro plano. Isso nos prejudica? Provavelmente. Como um filósofo disse uma vez: “Onde existe um forte general, jamais haverá soldados fracos”. Não nos importamos com o sentimento dos outros. O “eu” é que importa! Pensando nisso, podemos concluir o grave momento do egoísmo extremo. Do ter em detrimento do ser. Apesar do assunto ser sério, já ouvi uma frase que dizia: “Não vou ao enterro do Fulano, ele não estará no meu!”
                    É engraçado. Mas mostra de uma forma divertida, o quanto estamos nos afastando uns dos outros. O quanto estamos esquecendo o verdadeiro significado de estar junto, receber um abraço, dar um beijo, fazer um carinho.
                    Talvez, mais uma forma (através do humor) de mascarar nossa realidade.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

“Em luta entre Elefantes, o prejudicado é o Capim”

                 As relações interpessoais são sempre relações delicadas.
                 O ser humano necessita do outro para se desenvolver e todo o seu comportamento é modelado pelas trocas afetivas que ele aprende a fazer ao longo da vida. É na família que se tem o aprendizado das relações amorosas, assim, como também é nela que se forma o aprendizado de relações hostis.
               “Numa luta entre elefantes, o prejudicado é o capim...”
               Uma relação conjugal viva favorece muito a vida de seus integrantes, além de proporcionar o melhor desenvolvimento dos filhos. Em, provavelmente, todos os tipos de família, existam desentendimentos e discussões. É preciso deixar claro que as discussões não prejudicam ninguém. Ao contrário, mostram aos filhos que o casal não tem obrigação de chegar sempre aos mesmos consensos. Antes de casados, existiam duas pessoas com pensamentos, planos e sonhos diferentes.
                Em se tratando de brigas, a questão é outra.
              Crianças que crescem participando das “complicações” do casal tornam-se jovens e adultos revoltos. Os próprios pais, mostrando-se tristes, com raiva ou impacientes, deixam os filhos inseguros. Esquecem-se que eles próprios servem como exemplo para os menos experientes que, nessas circunstâncias, não sabem a quem recorrer. Quando as brigas tornam-se freqüentes, mesmo que sofrendo, a reação dos mais jovens é tentar o afastamento. E são nessas condições que apresentam perda de respeito, agem sem pensar em consequências, entram em “mundos” desconhecidos, por mera curiosidade.
Independentemente de a discussão acontecer ou não na frente da criança, ela sabe quando o relacionamento dos pais não está bem. Simplesmente percebe. O ideal é manter a calma, respirar fundo, “contar até mil” se preciso e, então, sim, com mais tranqüilidade e em um lugar apropriado, expressar seus reais sentimentos, expor suas opiniões e tentar chegar a um consenso eu não afete os laços familiares nem destrua o ambiente que deve inspirar confiança e carinho em todos os momentos de dúvidas e medos do adolescente.

Desejos

             Não restam dúvidas... Os tempos mudam. As vontades mudam. As escolhas mudam e as necessidades mudam. Só nos resta mudar também.
             A menos de cinquenta anos atrás as ambições giravam em torno de um emprego que durasse a vida toda, um bom fim de semana em família, um jogo de cartas com os vizinhos no domingo à tarde, descansar na tardinha para uma nova semana trabalhosa, sonhar com uma viagem, talvez, a única da vida. Os jovens que tinham o privilégio de cursar uma faculdade absorviam todo o prestígio social possível.
            E hoje?
            As cartas quase foram esquecidas e os vizinhos pouco se vistam, as viagens são frequentes e não necessitam mais meses de planejamento. Universidade? No mínimo! Hoje, bastam as vontades, os desejos, e como nu passe de mágica tudo chega até nossas mãos momentaneamente.
          Qualidade de vida vista de formas diferentes. Necessidades atendidas de formas diferentes. Uns ambicionam mais, outros menos. Se você tivesse o prazer de um churrasco com os amigos em época de faculdade, um bom emprego, e um carro que (basicamente) andasse, você era feliz. Você estaria satisfeito.
           Hoje, a necessidade de extrema qualidade em tudo o que tocamos e sentimos tornou-nos mais exigentes, mais ambiciosos. Jovens trocam de emprego a todo o momento, a procura do lugar que os faça sentir-se verdadeiramente realizados. Vestir a camisa da empresa atualmente é basicamente, dar o melhor de si enquanto realmente deseja.
           As vontades cresceram. Todos desejamos algo o tempo todo. E diferentemente de alguns anos passados, corremos atrás do que queremos.
          E acredite, nós conseguimos!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ler para Crer

                Termos como “horário da leitura” estão entrando em desuso no meio social. Meios como a televisão e a Internet são os mais procurados na hora da informação. Esses métodos são eficazes, mas o prazer de estar em todos os lugares ao mesmo tempo: só o livro oferece.
                Ao abrir suas páginas, você entra em estado de nostalgia. Passa a sonhar. Aos amantes da leitura, o livro torna-se local de refúgio. Ele o trata como você merece, como quer ser tratado. Ele não mente. Surpreende!  Basta um pouco de curiosidade e imaginação, o restante ele faz.
             Com o avanço tecnológico e cientifico, dizer que a leitura tornou-se menos necessária chega a ser abusivo. Hoje, mais do que nunca, se não lermos, estamos condenados à ignorância. O ato, bem como o hábito de ler, torna-nos cidadãos críticos, reflexivos, investigadores e transformadores.
               Como em todas as outras fases da vida, o exemplo dos pais também conta muito quando o assunto é leitura. Crianças cujos pais leem bastante e se mostram apaixonados pela atividade têm muito mais chances de se interessarem por ela. Os pais devem ser o modelo. Se gostam, se estão sempre com um livro nas mãos, o jovem também vai querer fazer isso.
              Levar à livrarias, rodas de leitura, eventos literários e centros culturais também ajudam muito, pois despertam a curiosidade e incentivam a intimidade do jovem com o livro. Pais que não leem e não incentivam a leitura, por tanto, não podem reclamar da falta de interesse dos filhos.
             Do ponto de vista histórico, o ser humano sempre procurou formas de gravar e disseminar seus conhecimentos, seja por meio de símbolos, pinturas ou músicas. Mais tarde, com chegada da imprensa a leitura tornou-se instrumento de difusão e socializador de informações. A palavra escrita é o modo mais eficiente para transmissão, expressão e fixação de uma cultura.
            Isso porque a leitura é o meio mais importante para a aquisição de saberes, na formação de um cidadão crítico e criativo para atuar na sociedade comprometida com o saber globalizado.