quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Valores?

               “Sinto saudades da forma como fui criado. Esse é o grande mal da atualidade. Faltam valores!”
                Foram essas as palavras que ouvi milhares de vezes saírem da boca de pessoas mais velhas. De acordo com os mais experientes, chegamos a uma fase onde os valores não contam tanto quanto em sua época. Perdemos nossos valores?
                Talvez a resposta não seja objetiva, um sim ou um não. A questão é a forma como cada geração foi e tem sido criada.
              Os tempos mudaram. Novidades chegam a todo o momento. Temos por ”obrigação” de cidadãos, aceitar e acompanhar esses movimentos universais. Antigamente, quando não existiam a Internet ou o Vídeo Game, crianças eram mais saudáveis, subiam em árvores, pulavam corda, dançavam inocentemente. Os jovens reuniam-se para conversar e “fazer festa”, não para “pegar todos” ou “encher a cara”.
             Agora, crianças com seis ou sete anos, podem ser as “pessoinhas mais infelizes do mundo” se não puderem carregar nas mãos o último modelo celular ou “quase morrem” se estiver em algum lugar que não haja sinal para a Internet móvel.
Não perdemos nossos valores. Eles só são vistos com outros olhos. Nem sempre são colocados em primeiro plano. Isso nos prejudica? Provavelmente. Como um filósofo disse uma vez: “Onde existe um forte general, jamais haverá soldados fracos”. Não nos importamos com o sentimento dos outros. O “eu” é que importa! Pensando nisso, podemos concluir o grave momento do egoísmo extremo. Do ter em detrimento do ser. Apesar do assunto ser sério, já ouvi uma frase que dizia: “Não vou ao enterro do Fulano, ele não estará no meu!”
                    É engraçado. Mas mostra de uma forma divertida, o quanto estamos nos afastando uns dos outros. O quanto estamos esquecendo o verdadeiro significado de estar junto, receber um abraço, dar um beijo, fazer um carinho.
                    Talvez, mais uma forma (através do humor) de mascarar nossa realidade.

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