quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A ética do Desempenho

A dinâmica da meritocracia dita que cada um deve ser reconhecido de acordo com seus méritos, com a qualidade de suas habilidades individuais. A meritocracia pode ser avaliada de forma positiva ou negativa.
Na sua dimensão negativa, ela não atribui importância a variáveis como origem, posição social, econômica ou política no momento em que estamos competindo por uma posição ou direito. O problema é claro. Não temos as mesmas bases. A sociedade é recheada de desigualdades. Proporções que resultam em desenvolvimentos totalmente adversos. Neste caso, a meritocracia somente aumenta o grau de competição abusiva, tornando cada cidadão indiferente às necessidades do outro, desde que suas metas sejam alcançadas.
Uma vez que somos responsáveis por nossos próprios desempenhos, é a competição que vai levar cada um a ocupar o lugar merecido. Entretanto, para que a competição seja justa é preciso que os atores estejam em pé de igualdade. E ainda que haja a tal igualdade de oportunidades, é natural do sistema meritocrático produzir mais “vencidos” que “vencedores”.
Mas, quando, por outro lado, afirmamos que o critério básico de organização social deve ser o desempenho das pessoas, vemos-na como um ponto positivo. Quando  o cidadão dedica seu tempo, tem habilidades e talentos, deve ser reconhecido. Mentes abertas não podem deixar-se escondidas.
A dedicação traz o mérito. O principal argumento em favor da meritocracia é que ela proporciona maior justiça, uma vez que o reconhecimento não se dá por sexo ou raça, nem por situação social, outros fatores culturais. Além disso, através da competição entre os indivíduos, estimula o aumento da produtividade e eficiência.

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